HISTÓRIA DA FLOR DA MINA

O Clube Recreativo Escola de Samba Flor da Mina do Andaraí, surgiu no morro do Andaraí, grande Tijuca, na década de 60, quando um grupo de amigos resolveu assumir a responsabilidade de retornar com a alegria que proporcionava a extinta Escola de Samba Floresta do Andaraí, no período de Carnaval, escola esta, fundada na década de 30, que participou inúmeras vezes nos desfiles oficiais do então Estado da Guanabara, tendo sido Vice-Campeã nos carnavais, 1941 e 1946.

A Escola de Samba Floresta do Andaraí, deixou de participar dos desfiles oficiais na década de 50, ficando o complexo do Andaraí, sem participação carnavalesca oficial, ficando a animação carnavalesca nesta época, por conta dos blocos de empolgação, como o Rapa da Dona Antuérpia, que realizava suas manifestações carnavalescas, nas festas natalinas, bem como, o Bloco da Sainha e os Independentes do Andaraí, que animavam o Carnaval do morro e na Praça Verdun e na Rua Espírito Santo Cardoso, surgindo assim, a necessidade da criação de uma agremiação que ocupasse esta lacuna, sendo realizada nesta época a primeira reunião, que aconteceu embaixo de uma pedra existente até os nossos dias, no final da Rua Leopoldo, lugar onde brota uma mina de águas cristalinas, este grupo compareceu a uma segunda reunião na casa do Odilom, que tinha em seu jardim, uma roseira que brotavam flores na cor rosa, ocasião em que foram definidas as cores da agremiação que nascia, Verde e Rosa, era o dia 12 de dezembro de 1962, dia que marca como Fundação Oficial do Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Flor da Mina do Andaraí. Nesta reunião participaram os seguintes moradores, que passaram a ser sócios fundadores: Arthur Fernandes Dias, Armindo Pereira da Fonseca, Avelino dos Santos, Adailton de Souza, Antônio Benjamin da Silva, Carlos Luis do Nascimento, Carlos de Soiza, Djalma Rodrigues, Elcio da Penha Basílio, Eliezer Farias, Ely Martins, Francisco Inácio, Fernando Souza, Henrique Dias Barbosa, Joel Ferreira, José Aniceto, Joaquim Fernandes Rodrigues, Jorge Reis Simonim, João Lopes, José de Souza Raposo, Liogere de Souza, Luis Inácio, Manoel da Silva, Nivaldo Dias, Natalino Oliva, Oswaldo Ferreira dos Santos, Otacílio Aniceto, Paulo Candido dos Santos, Pedro Ferreira, Pedro Paulo Ferreira de Almeida, Pedro de Abreu Maciel, Raul Soares dos Reis, Roberto Gomes Basílio, Roberto de Souza, Sylvio Valle Helt, Wanderlei José da Silva e Otacílio Dias. Após o registro como pessoa jurídica, foi obtido o registro no C.N.P.J. nº: 27.298.496/0001-88, foi providenciado a sua inscrição na Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro, iniciando sua trajetória vitoriosa nos desfiles de Blocos de Enredo, sendo consagrada campeã nos seguintes carnavais:

-1983 – Rubiácea Robusta;

-1985 – Pancetti o Pintor das Marinhas;

-1989 – Trabalho só Segunda Feira;

-1990 – Abenção Mãe África.


Em 1992 surgiu a necessidade do engrandecimento de nossas tradições, já que havíamos nos tornado, um celeiro de talentos e estrelas do universo do samba, a partir desta constatação, um grupo de sambistas locais, liderados por Candinho de Abreu e Carlinhos Melodias, apresentam proposição em assembléia do dia 29 de julho, para transformação do Bloco em Escola de Samba, já que os Blocos haviam perdido sua importância na mídia e consequentemente estavam sendo afastada da grande passarela do samba que dava cada vez mais espaço para as escolas de samba organizar seus desfiles, a proposta então foi aprovada por aclamação, garantindo a nossa continuidade na revelação de novos talentos. Nascia então o Clube Carnavalesco Escola de Samba Flor da Mina do Andaraí, tendo como fundadores: Candinho de Abreu, Carlinhos Melodia, Mario da Ponte, Clovis Costha, Betinha, Jurema Batista, Zacarias , Aranha da Flor, Docão, Jurema Vieira, Feijão, Vera, Mario Bandeira , Beto Careca, Ari Sargento, Dona Lourdes, Raul, Dilton, Davi da Flor, Jorge Luis de Souza, Lea, Carla Cunha, Luizinho veneno e Paulo César de Assis , Beto Capim , Enéas .

Nossa primeira participação, como Escola de Samba, nos desfiles Oficiais, no ano de 1993, foi vitoriosa, com o Enredo Alô seu Garcia: De Conversa em Conversa, Desce outra Garçom, e o sucesso se repetiu-se em 1995, ocasião que apresentamos o enredo: Verde e Rosa, Porque não, em 1996 obtivemos o bicampeonato com o enredo Deus Baco – O Vinho Nosso de Cada Dia. Data que marca o afastamento do fundador Carlinhos Melodia e seu retorno a Escola de Samba Lins Imperial, passando a Presidência da Escola ao Senhor Rello, homem de confiança do Senhor Miro Garcia em Maio de 1996.

Com o falecimento do Sr. José Augusto Rello da Silva, então Presidente, em 1997, a escola interrompeu suas participações nos desfiles oficiais, mantendo somente suas atividades, restritas a comunidade do Andaraí, sendo administrada por integrantes da própria comunidades, dos quais citamos com efetiva participação, Passarinho, Pedrinho da Flor, Belo, Mazinho, Mônica e Renato Rodrigues, que assumiu a Presidência da Junta Governativa, felizmente, após várias tentativas de se formar uma diretoria com ideais maiores, em meados de 2002, aconteceu o retorno do Fundador Carlinhos Melodia, e que logo conseguiu aglutinar pessoas que garantiram o retorno da Escola aos desfiles oficiais, o que aconteceu logo no carnaval seguinte. O sucesso alcançado, foi além das expectativas, já que a Escola havia interrompido suas atividades por seis longos anos, no primeiro desfile, sagrou-se campeã, com a nota máxima em todos os quesitos, desenvolvendo o enredo: São Gonçalo Visita São Sebastião e Conta sua História, grande sinal que a Escola estava no caminho certo, o desfile do ano seguinte, 2004, ratificou o sucesso e a escolha do Caminho, já com o Enredo: “O Carnaval Ganhou Mais Vida com a Influencia Africana Através do Salgueiro”, alcançando o segundo bicampeonato como Escola de Samba sobre a Direção de Carlinhos Melodia, onde também obteve a pontuação máxima em todos os quesitos.

No ano de 2005, marca a grande vitória da Escola, onde desfilando pelo Grupo C, da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro sagra-se Vice-Campeão do Grupo, conquistando o Direito de Retorno ao Palco máximo do Carnaval Carioca, com o enredo Andira-y. onde contava a história do Bairro onde a Escola nasceu e homenageia o grande empresário dos transportes que vinha acolhendo a Escola Sr. Jacob Barata pela sua importância no desenvolvimento sócio econômico para o bairro :

No carnaval seguinte a Flor da Mina é aguardada com ansiedade na Passarela do samba, e recebe a força total da Família Barata, e de vários empresários que não medem esforços para manter a escola na marques de Sapucaí tentando ainda alcançar novos vôos no Carnaval.

Naquele ano a Escola obteve a oitava colocação. Com o enredo “ Da Cadeirinha ao Metro eu também vou...” de autoria da dupla de ouro Dr. Eurico Galhardi e a Dra. Rosane Barata.

Em 2007 o enredo da mesma dupla com o titulo de “João Maria José Francisco Xavier de Paula Luiz Antonio Domingos Rafael. O Grande Estadista do Brasil.” e 14ª colocação retornando para o Grupo C, devido à falta de compromissos de profissionais que não entregaram fantasias para o desfile.

No ultimo Carnaval a Flor da Mina vem para a Estrada Intendente Magalhães com o Enredo: “O Sonho não Vai Sucumbir, Sou Costa do Sol, Herança de Zumbi” enredo da mesma dupla onde conta uma história inédita no carnaval, vem retratar a ideologia do negro na região dos lagos do Estado. Para confeccionar o Carnaval, A Flor da Mina contrata o experiente Carnavalesco Rodrigo Sampaio que em parceria com o debutante Diangelo Fernandes, conquistam a quarta colocação.

Para 2009 Dr. Eurico Galhardi prepara um enredo infantil “Eu era Feliz e Não Sabia...” que será desenvolvido pelos carnavalescos Rodrigo Sampaio e Diangelo Fernandes a Escola pretende montar uma verdadeira brincadeira na Estrada Intendente Magalhães, que se os “deuses” do carnaval permitir conduzir a escola novamente a Marques de Sapucaí.